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Sebrae Minas incentiva empreendedorismo negro

20/11/2020

A afirmação da população de cútis preta ou parda desponta mundialmente. Entre a população brasileira, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em pesquisa realizada entre os anos de 2015 e 2018, o grupo de pessoas que se declaram pretas ou pardas foi o único que cresceu.  

A partir de 2019, essa parcela da população já representava mais de 56% dos brasileiros, ou seja, dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumiram como pretos, enquanto 89,7 milhões se declararam pardos.  

Segundo a ativista e cantora Yêda Labrunie, esse crescimento se deu pelo fato de o povo preto estar ganhando mais força e consciência para assumir de fato sua raça, por meio de trabalhos realizados por diversos movimentos pretos. “Uma prova disso é que o preto está assumindo mais seu cabelo, entendendo que somos bonitos como somos”, diz Labrunie.  

Empreendedores descobrem que investir em produtos e serviços voltados para essa parcela da população pode ser um bom negócio

Empreendedores atentos às novas tendências de mercado têm investido em negócios especializados em atender às necessidades de homens, mulheres e crianças da raça negra. E entre os empreendimentos mais promissores estão indústrias e estabelecimentos comerciais especializados em produtos cosméticos e acessórios voltados para o segmento.  

Há alguns anos, isso era coisa rara. “No meu tempo, se a gente quisesse usar um shampoo, só tínhamos como opção o que todo mundo usava. Você só conseguia escolher entre shampoos para cabelo seco, oleoso ou misto. Agora não, tem quase tudo personalizado para meu tipo de cabelo e meu tom de pele. Isso é maravilhoso, mas ainda falta muito para se chegar ao ideal”, comenta a professora Márcia Lúcia da Silva. 

Sem dúvida, o setor de beleza é o que mais tem investido em produtos para pessoas negras. São itens para cabelo, maquiagem e acessórios e salões especializados nos cuidados com o cabelo e a pele negra. 

“Alguns estudos têm mostrado que o poder de compra do negro está crescendo. Por isso, investir em negócios que possam suprir mais e melhor a necessidade desse grupo de pessoas pode ser algo bastante promissor”, observa o gerente da Regional Centro-Oeste e Sudoeste do Sebrae Minas, Leonardo Mól. 

Nem só de samba, rap, faxina e cozinha vive o negro 

Patrícia Kelly dos Santos é mestre em química e há 15 anos trabalha com cabelos blacks, um aprendizado que iniciou com as amiga africanas que conheceu na Universidade Federal de Viçosa, onde se formou. Hoje ela é proprietária da Niari Cosméticos, cujos produtos são de fabricação própria.   

A trajetória profissional da Patrícia começou aos 12 anos, trabalhando como doméstica em casas de família. “Aos 16 anos, passei a me envolver com o empreendedorismo. Produzi e vendi doces e atuei no setor de confecção de roupas, com minha irmã. Mas, para nós, mulheres e negras, empreender não é algo tão fácil. Então, fomos estudar”, conta. 

Ao concluir a faculdade, ela retornou a Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, e passou a lecionar. “Nos fins de semana, trabalhava com penteados afro. A demanda cresceu tanto que resolvi abandonar a carreira de professora para me dedicar à beleza negra, porque isso fazia mais sentido para mim ”, diz. 

Foi por meio do incentivo de um amigo que trabalhava com cosméticos que ela começou a fabricar produtos químicos voltados para pessoas pretas. “É muito difícil encontrar algo que realmente nos represente. Portanto, passei a associar esse trabalho com meu salão”, recorda. 

O Sebrae também contribuiu para o sucesso da Patrícia, de sua sócia Elissandra Flávia dos Santos e de sua irmã Carla Caroline dos Santos. “O Sebrae foi muito importante em nossa trajetória. Foi lá que, para melhorar nosso desempenho empresarial, fizemos muitos cursos, como Precificação, Como Calcular Lucro, Planejamento, Plano de Vendas, Comercialização e Estratégias de Marketing. Também tivemos acesso a inúmeras consultorias do Sebrae e participamos de alguns eventos de empreendedorismo em Belo Horizonte”, completa a empreendedora. 

Patrícia reforça o quanto é importante ter um produto ou serviço voltado para um público específico. “Todos os públicos têm um produto específico para eles e nós, negros, ainda não somos nem considerados como público. Por isso, esse mercado ainda é muito pequeno”, explica. 

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