A primeira década dos anos 2020 começou marcada por transformações profundas em vários aspectos da sociedade: culturais, sociais, tecnológicas e mercadológicas. A pandemia da Covid-19 foi um divisor de águas, impactando não só a saúde global, mas também o jeito como nos relacionamos, trabalhamos e cuidamos do bem-estar mental.
Hoje, redes sociais concentram a atenção das pessoas e o famoso “quem não é visto, não é lembrado” nunca foi tão real. Nesse cenário, as empresas passaram a ser cada vez mais cobradas em relação ao cuidado com seus colaboradores — especialmente no que diz respeito à saúde emocional.
Para se ter ideia, em 2024, mais de 470 mil trabalhadores foram afastados do trabalho por questões relacionadas à saúde mental, como ansiedade e depressão. Um aumento de 68% em relação a 2023. É um alerta claro: estamos vivendo uma crise silenciosa — e é urgente agir.
O que isso tem a ver com a nova NR-1?
Em 2025, o Governo Federal atualizou a NR-1, norma que estabelece diretrizes sobre segurança e saúde no trabalho. Pela primeira vez, os riscos psicossociais passam a ser formalmente reconhecidos e se tornaram objeto de prevenção pelas empresas, ao lado dos já conhecidos riscos físicos, químicos, biológicos e de acidentes.
Neste post, vamos explicar:
- As mudanças trazidas pela nova NR-1;
- Os principais desafios para sua implementação;
- E como a Comunicação Interna pode (e deve!) ser uma aliada estratégica nesse processo.
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O que mudou na NR-1?
A Norma Regulamentadora nº 1 é a base da legislação trabalhista quando o assunto é prevenção de acidentes e promoção da saúde no ambiente de trabalho. Em sua versão atualizada, a grande novidade é o reconhecimento oficial dos riscos psicossociais, como:
- Estresse crônico;
- Ambiente hostil;
- Falta de apoio ao crescimento;
- Exposição a assédio;
- Jornadas exaustivas;
- Baixa remuneração.
- Esses fatores passam a ter o mesmo peso legal e estratégico que os riscos físicos e operacionais.
Principais mudanças:
- Reconhecimento dos riscos psicossociais
- Relações interpessoais, clima organizacional e organização do trabalho entram no radar da segurança do trabalho.
- Responsabilidade das empresas
- Agora, é obrigatório documentar e mitigar riscos psicossociais com ações concretas.
- Diretrizes claras de prevenção
- A norma fornece orientações práticas para prevenir riscos de forma mais estratégica.
- Participação ativa dos trabalhadores
- É dever da empresa ouvir, informar e engajar os colaboradores sobre os riscos mapeados e o plano de ação.
Desafios reais para as empresas
A atualização da norma exige mais do que uma revisão de documentos: é preciso repensar a cultura interna. Entre os principais desafios, estão:
Interpretação técnica das novas exigências;
Falta de integração entre áreas (RH, Jurídico, Comunicação, SST, lideranças);
Resistência cultural em reconhecer a saúde mental como parte da segurança;
Baixo engajamento dos colaboradores;
Dificuldade de mensuração de impacto em ações subjetivas.
Comunicação Interna: peça-chave para a mudança
Não há transformação sem comunicação. A Comunicação Interna é responsável por tornar as estratégias visíveis, compreensíveis e acessíveis para todos. Ela ajuda a:
Traduzir conteúdos técnicos para a linguagem do dia a dia;
Engajar a equipe com campanhas consistentes;
Unificar a identidade visual de ações de saúde e bem-estar;
Reforçar a cultura organizacional de cuidado.
Comunicação que gera conexão
Campanhas de saúde mental precisam respeitar o tom da empresa. Desde a linguagem até o canal escolhido, tudo deve refletir os valores da organização. Não basta informar — é preciso fazer sentido para quem recebe a mensagem.
E não para por aí…
A Comunicação Interna também pode atuar:
Na organização dos benefícios existentes sob um guarda-chuva estratégico;
Na promoção de ações de cuidado além do expediente (como campanhas sobre autocuidado e relações familiares);
Na formação de lideranças comunicadoras, com base em práticas como a Comunicação Não Violenta (CNV).
Liderança que cuida e comunica
Líderes são os primeiros transmissores da cultura organizacional. Por isso, a Prefácio oferece treinamentos e workshops para formar lideranças conscientes, comunicadoras e atentas ao bem-estar da equipe. Com o apoio certo, líderes podem:
- Identificar sinais de alerta;
- Conduzir conversas difíceis com empatia;
- Ser agentes ativos da saúde emocional do time.
Comunicação que transforma
A comunicação só gera impacto real quando está alinhada à cultura da empresa, fala a língua das pessoas e faz parte da estratégia do negócio. Quando bem-feita, ela ajuda a construir um ambiente em que o cuidado é vivido, percebido e valorizado.
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