A equipe da Prefácio está em Belém para acompanhar a COP30. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a conferência reúne representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil de todo o mundo para debater soluções concretas para o enfrentamento da crise climática e reforça o papel do Brasil como protagonista nas agendas socioambientais.
A Prefácio foi responsável pela ambientação do estande Confluência das Águas, com placas criadas por Aline Costa, que compuseram a identidade visual do espaço. O estande é uma parceria do CEIVAP, do Comitê Guandu e do CBH Paraíba do Sul, situado na Green Zone da COP30, área dedicada à inovação e à sustentabilidade. A programação reúne projetos, ações e iniciativas dos Comitês, além de convidados especiais.
Vale destacar que o CEIVAP, Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, também participa de eventos na Blue Zone, onde governos, organizações e ONGs debatem soluções para a agenda climática global, e na AgriZone, espaço dedicado à restauração ambiental e à conversão de pastagens degradadas em áreas agrícolas sustentáveis.
Toda a cobertura está sendo feita in loco por Raíssa Galdino, atendimento da Prefácio, sob coordenação de Isabela Lobo.
Oito anos de colaboração estratégica na gestão das águas
A parceria entre Prefácio e CEIVAP já soma oito anos, uma trajetória construída desde a implementação dos projetos e processos comunicacionais dos Comitês. Em 2025, o CEIVAP completa 30 anos, e essa relação contínua atravessou desafios, acompanhou transformações e consolidou nossa atuação no cenário da gestão das águas. Estamos ao lado de clientes como o Comitê da Bacia do Rio Doce e o Comitê da Baía de Guanabara.
Os Comitês de Bacia são fundamentais na governança das águas no Brasil. Promovem gestão participativa, políticas públicas locais e investimentos estruturantes em recuperação ambiental, disponibilidade hídrica e uso sustentável dos recursos naturais. Estar ao lado dessas instituições na COP30 reforça a importância de comunicar de forma clara, estratégica e alinhada ao interesse público.
O estande na COP30 marca o início das comemorações pelos 30 anos do CEIVAP, dos quais oito contam com a presença ativa da Prefácio, sempre pautada por uma comunicação responsável, conectada ao território e comprometida com a gestão dos recursos hídricos. Mais do que expertise técnica, é parceria na construção de narrativas que fortalecem políticas públicas e impactam diretamente a qualidade de vida das pessoas.
10 anos do Rompimento de Fundão: memórias que atravessam vidas, territórios e o nosso trabalho
No dia 5 de novembro de 2015, o Brasil assistiu ao maior desastre socioambiental da sua história: o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana (MG). Uma década depois, as sequelas persistem. Comunidades seguem convivendo com deslocamentos, insegurança e água contaminada. O ecossistema do Rio Doce, território acompanhado de perto pela Prefácio por meio do trabalho com o CBH-Doce, ainda luta para se recompor.
Foi desse olhar humano que nasceu o case “O Doce não morreu”, premiado nacionalmente no Jatobá PR 2017. Uma iniciativa que mostrou como a comunicação pode ser ponte entre dor e reconstrução e como os Comitês de Bacia seguem essenciais na governança das águas, na defesa dos territórios e na escuta das comunidades.
Assista o case
Quando o desastre atravessa também quem comunica
Para a Prefácio, esse evento marcou profundamente nossa trajetória. Em especial, atravessou a vida e a carreira da nossa gerente Débora Santana, que viveu o rompimento em um lugar duplo e humano.
Ela relembra em seu depoimento no LinkedIn:
“Eu me desdobrei em três no dia 5 de novembro de 2015: a Débora comunicóloga, funcionária da Prefácio, agência dos Comitês do Rio Doce; a Débora irmã do Diogo, funcionário da Samarco na época; e a Débora pessoa, que se sensibiliza com as dores da vida.”
Débora viveu o susto, a insegurança e o medo. Seu irmão, com um bebê de seis meses, ligou dizendo apenas: “Estou vivo. Liga a televisão.”
Ele trabalhava em um cargo de gestão na empresa e passou dois anos lidando diretamente com os impactos e tentativas de mitigação, o que abalou profundamente toda a família.
Ao mesmo tempo, Débora atendia o Comitê do Rio Doce. Era uma dualidade dolorosa: compreender a dimensão humana dos trabalhadores e, simultaneamente, comunicar impactos socioambientais, sustentar a narrativa pública e defender o território atingido.
Ela lembra quando ligou para a assessora da Samarco e foi atendida por uma funcionária chorando:
“Ainda não sabemos os impactos ambientais. Estamos tentando encontrar pessoas vivas.”
Enquanto isso, em Governador Valadares — onde a Prefácio também atuava — a cidade ficou dias sem água. Cada notícia era um peso. Cada chamada, uma responsabilidade.
Mesmo assim, como ela diz:
“Hoje, dez anos depois, eu reflito. E celebro a natureza e o ser humano, que, diante de cenários tão catastróficos, se reinventam e seguem em frente.”
Da memória à ação e da dor à responsabilidade coletiva
A memória do rompimento de Fundão se conecta diretamente com a atuação da Prefácio na COP30 ao lado de clientes como CEIVAP, Comitê Guandu, CBH Paraíba do Sul e CBH-Doce.
A COP30 reforça algo que atravessa essas histórias: comunicar vai além de informar. É construir políticas públicas, fortalecer narrativas que protegem vidas e lembrar que cada ação toca pessoas reais — como tocou a Débora, sua família, nossos clientes e todo o Rio Doce.
Depois de dez anos, dizer “não esquecer” não basta.
É preciso transformar memória em compromisso vivo: com quem foi atingido, com o que ainda pode ser reconstruído e com a responsabilidade coletiva de impedir que tragédias assim se repitam.
Veja também o texto da Ana Luiza sobre o assunto
WIM Brasil na COP30: liderança feminina, mineração responsável e um novo olhar para o setor
A presença da Prefácio na COP30 também se fortalece por meio do trabalho com o WIM Brasil – Women in Mining Brasil, associação que amplia o diálogo sobre diversidade, inovação e responsabilidade na mineração.
Num evento marcado pela urgência climática, o WIM Brasil apresenta um outro olhar para o setor: um olhar que considera pessoas, território, equidade e futuro.
Durante a conferência, o WIM participou do fórum Women in Aluminium, promovido pelo International Aluminium Institute, no dia 11 de novembro. O encontro celebrou a liderança feminina na cadeia do alumínio, reunindo executivas, engenheiras, especialistas em finanças e formuladoras de políticas públicas para discutir descarbonização, fornecimento responsável e design circular.
Foi uma oportunidade de conhecer estudos de caso, explorar parcerias e entender como equipes diversas impulsionam inovação — especialmente num setor que busca avançar rumo ao net zero.
Prêmio Mina: quando comunicação e impacto caminham lado a lado
Essa atuação na COP30 se soma a um dos projetos mais especiais que desenvolvemos com o WIM Brasil: o Prêmio Mina, que reconhece mulheres e aliados que transformam a mineração por meio da diversidade, equidade e inclusão.
O projeto ressignifica narrativas e mostra que o setor, quando comprometido com responsabilidade e inovação, pode ser protagonista em mudanças estruturais.
Em 2024, o Prêmio Mina ficou entre os Top 5 do Jatobá PR, na categoria Projetos Especiais — reforçando o impacto da comunicação quando ela se conecta às pessoas, às causas e às transformações possíveis.
Assista o case
Uma COP que reflete a Prefácio que estamos construindo
Assim como na atuação ao lado dos Comitês de Bacia, nossa presença na COP30 com o WIM Brasil reafirma uma marca central do nosso trabalho: comunicar é ampliar repertórios, fortalecer redes e dar visibilidade a iniciativas que constroem futuro.
A mineração responsável, diversa e humana é parte desse caminho.
E estar na COP30 ao lado do WIM Brasil reforça o compromisso da Prefácio com narrativas que transformam, inspiram e conectam pessoas e setores a novas possibilidades.