O fim do ano chegou e, para muita gente, essa nunca foi uma data simples. Ela costuma vir carregada de metas, listas, cobranças e da sensação de que precisamos dar conta de mais 365 dias intensos. Nem sempre é colorido, leve ou festivo. Ainda assim, aqui estamos: prontos para virar mais uma página, enfrentar novos desafios e atravessar outras barreiras.

O último ano não foi fácil. Assistimos a retrocessos nas políticas de diversidade dentro das empresas, vimos mais de 130 vidas perdidas em uma operação desastrosa no Rio de Janeiro e, quase como um símbolo desses tempos, a Cor do Ano Pantone 2026 foi anunciada como o Cloud Dancer : um branco suave.

E o que tudo isso tem a ver?

Em períodos de retrospectiva, renovação e promessas para o futuro, é fundamental aprender a ler os sinais mesmo aqueles que não são óbvios. Tudo comunica. E, juntos, esses fatos continuam contando uma história antiga e incômoda.

Avançamos muito em tecnologia, mas seguimos devendo quando o assunto é humanidade. Notícias que parecem desconectadas fazem parte da mesma sociedade que insiste em repetir um modelo ultrapassado e indefensável: o do preconceito, da discriminação e da exclusão.

Apesar de tudo — e apesar de as conquistas que temos hoje terem custado suor, lágrimas e o sangue de quem veio antes de nós — não podemos esmorecer. O avanço é feito passo a passo. Mesmo quando dói. Mesmo quando cansa. E, sim, continuará nos custando.

Por isso, propomos um pacto coletivo: vamos colorir os nossos dias. Não vamos empalidecer nossas vidas, nossas vozes ou nossas causas para caber no conforto alheio. Vamos abrir espaço para o laranja da coragem, o amarelo da alegria, o vermelho da paixão, o azul da confiança, o verde da esperança e o roxo da criatividade.

Para 2026, nosso desejo é simples e potente: que o seu caminho tenha mais cor e que, juntos, a gente marque presença. Elegância é não se diminuir e não diminuir ninguém pelo que é, pelo que acredita ou pelo espaço que ocupa. Essa é a verdadeira beleza da virada do ano: a chance de recomeçar, mesmo que isso signifique pausar, recuar um passo ou se preparar para saltar mais longe.

Que venha 2026.
Com novos recomeços.